Cientistas usam restos alimentares e criam potencial substituto para o cimento comum
13 de fevereiro de 2023
23 de janeiro de 2023
Cientistas mexicanos do Instituto Politécnico Nacional (IPN) desenvolveram um tipo de concreto especial, capaz de gerar energia solar com raios UV.
Precisamos de um futuro sustentável! Não existe alternativa diante dos problemas que já causamos contra o meio ambiente. Se não mudarmos como conduzimos as coisas, não será possível manter a vida na Terra. A construção civil – sobretudo em concreto -, por exemplo, é uma das atividades que realizamos que mais contribuem para as emissões de gases poluentes que levam ao agravamento do efeito estufa e das mudanças climáticas no nosso planeta. Porém, cientistas têm pesquisado soluções para amenizar a situação; e uma das respostas que já deram para o problema é o concreto fotovoltaico.
Uma das engenharias mais relevantes no momento atual é a Engenharia de Energia. Sabe por quê? É que, diante de algumas crises mundiais, tem se aumentado o número de investimentos em energias renováveis, como a energia solar, cada vez mais acessível. Nesse sentido, o foco do trabalho de muitos pesquisadores é explorar a capacidade de gerar eletricidade de alguns materiais e elementos utilizados na construção civil. Eles propõem que seria possível usá-los para produzir energia, redirecionada para a rede elétrica do consumidor, abastecendo carros, carregando smartphones, e mais.
Imagine uma realidade onde teríamos praças, residências, infraestruturas e parques produzindo energia. Já temos modelos de pavimentos e coberturas que transformam energia solar em energia elétrica, não é mesmo? Mas, agora, os cientistas mexicanos Orlando Gutiérrez Obeso e Euxis Kismet Sierra Marques, do Instituto Politécnico Nacional (IPN), desenvolveram um tipo de concreto especial, capaz de gerar energia solar com raios UV.
Orlando e Euxis desenvolveram um produto que pode revolucionar e até expandir o mercado das construções sustentáveis, que busca materiais mais benéficos ao meio ambiente. Trata-se de um concreto fotovoltaico que gera eletricidade a partir da radiação solar. O mesmo seria produzido com perovskita, um tipo de mineral de óxido de cálcio e titânio e uma alternativa mais custo benefício em relação às células solares de silício. Mas esta é uma ideia que, por hora, só foi testada em pequena escala.
Os cientistas fizeram a testagem com um pó de cimento em nanoescala, com partículas menores que 100 nanômetros. Ao sintetizar os materiais para desenvolver um perovskite e ao ligá-los ao óxido de titânio, desenvolveram células Gratzel, isto é, células solares orgânicas, inventadas nos anos 90. No final, o concreto, misturado com elementos orgânicos e moldado em bloco, se mostrou capaz de absorver energia solar, luz artificial e raios UV, e gerar energia elétrica.
Isso quer dizer que seria possível criar obras – de calçadas a lajes de fundação, pontes, docas de carregamento de dispositivos móveis, dispositivos de iluminação arquitetônicos, entre várias outros – capazes de gerar sua própria energia solar de forma sustentável!
Fonte: Engenharia360
13 de fevereiro de 2023
4 de janeiro de 2023
5 de abril de 2023